A Santíssima Trindade evidenciada na Bíblia

  • O surgimento das seitas antitrinitárias acarretou em várias traduções novas com adulterações propositais para insistir que o Cristo não é Deus. Analisemos algumas diferenças entre as Bíblias normais e a VNM Watchtower (TJ):

    Rm 9,5: “Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual É sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém”.

    São Paulo afirma de forma tão clara que Cristo é Deus que a VNM introduziu uma palavra entre parênteses para desvirtuar a afirmação: “Cristo segundo a carne: Deus que é sobre todos, (seja) bendito para sempre”.

    Basta tirar o “seja” dos parênteses da VNM para se constatar a divindade de Cristo.

    Tt 2,13: “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus E nosso Salvador Jesus Cristo”.

    O texto é claríssimo, por isso a VNM teve que introduzir a preposição “do” para privar Cristo da plena divindade: “Ao passo que aguardamos a feliz esperança e a gloriosa manifestação do grande Deus e (do) nosso salvador Jesus Cristo”. E assim os TJ e outros anticatólicos colocam Deus de um lado e Cristo de outro.

    Do mesmo jeito que fazem com Tt 2,13 fazem com 2Pe 1,1. Eu teria que escrever um livro para mostrar todas as heresias cometidas pelos tradutores tendenciosos.

    Em Jo 1,1 vemos a falsificação mais famosa e que mais enche a boca dos pregadores antitrinitários.

    Jo 1,1: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.

    Desta vez eles foram além da deformação convencional. VNM: “No princípio era a palavra e a palavra estava com Deus, e a palavra era UM deus”. Essa artimanha coloca uma palavra que não se encontra no evangelho de João para negar a divindade de Cristo.

    A palavra é tão clara que a Bíblia Watchtower inventou uma regra gramatical para justificar a barbaridade lingüística. Segundo eles no grego não existe a palavra para indicar a idéia de “uno”. Portanto, quando uma palavra não leva o artigo definido deve se colocar o artigo indefinido antes da palavra (um, uma).

    Essa regra é falsa. Há palavras em grego para expressar a idéia de artigo indefinido (um, uma). O tradutor não precisa se dar ao trabalho. Uma delas é: “Eis, mia, em (um, uma, um). E o próprio apóstolo João utiliza várias vezes (Jo 1,40; Jo 7,71; Jo 9,25; Jo 19,34, etc).

    Essas exegeses brutais se desmoronam diante de um só versículo:

    Jo 10,30: “Eu e o Pai somos um”.

    A Bíblia deixa claro que Cristo é Deus. E alguns, depois de mostrarmos certas realidades terminam admitindo isso, mas refutam em relação ao Espírito Santo. E renomados teólogos das seitas dizem que não podemos provar que o Espírito Santo é Deus, porque não é bíblico e foi uma invenção da Igreja Católica através de vários Concílios.

    Só que a Bíblia diz que o Espírito Santo é Deus.

    2Co 3,17a: “Pois o Senhor é o Espírito”.

    2Co 3,18b: “Cada vez mais resplandecente pela ação do Senhor, que é Espírito”.

    São Paulo deixa claro que o Espírito Santo é Deus. Em At 28,25-27 São Paulo cita Isaías 6,8-10, a diferença é que em Atos Paulo diz que o Espírito Santo falava, e em Isaías é dito que é o SENHOR que dizia. Em Hb 3,7-11 São Paulo cita o salmo 95,7-11, em Hebreus São Paulo diz que o Espírito Santo declara, nos salmos é dito que é a voz de Deus.

    Para a decepção dos antitrinitários, anticatólicos e antiIgreja, a Bíblia diz várias vezes que o Espírito Santo é Deus.

    Algumas imposições judaizantes dizem que a trindade agride o monoteísmo, mas no velho testamento judaico a Trindade é manifestada na boca do Deus único quando se refere a si mesmo no plural.

    Gn 1,26a: “Então Deus disse: ‘FAÇAMOS o homem à nossa imagem e semelhança’”.

    Gn 3,22: “E o Senhor Deus disse: “Eis que o homem se tornou como um de NÓS, conhecedor do bem e do mal. Agora, pois, CUIDEMOS que ele não estenda a sua mão e tome também do fruto da árvore da vida, e o coma, e viva eternamente”.

    Gn 11,7: “VAMOS: DESÇAMOS para lhes confundir a linguagem, de sorte que já não se compreendam um ao outro”.

    Várias vezes Deus fala consigo mesmo usando uma conotação de pluralidade. Não só no Torá, mas também nos livros proféticos.

    Is 6,8: “Ouvi então a voz do Senhor que dizia: Quem enviarei eu? E quem irá por NÓS? Eis-me aqui, disse eu, enviai-me”.

    Sendo Deus um só, a Trindade já era comentada nos escritos veterotestamentários. Mas ela só adquire sua plenitude a partir do Verbo Encarnado.

    1Jo 5,7-8: “Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num”.

    Por isso o batismo cristão é em nome da Trindade (Mt 28,19). E fórmulas trinitárias eram usadas pelos primeiros cristãos (2Co 13,13).

    Muitos dizem que a Santíssima Trindade foi uma invenção dos católicos. A Igreja Católica precisou de vários séculos para chegar a esse veredito. Hoje, muitas pessoas entendem o que é a Trindade não por vias de estudos bíblicos, mas graças à revelação e o termo dados pela Igreja e assim, através da Igreja, se esclarece que Deus é um, porém, com sabedoria multiforme.

    Ef 3,10: “Para que agora, PELA IGREJA, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus”.

    Terminarei esse texto com uma citação de Zohar, um dos clássicos da literatura espiritual judaica: “Escuta, ó Israel: Yavé nosso Deus, Yavé é uno. Porque haver necessidade de mencionar o nome de Deus nesse versículo? O primeiro Yavé é o pai de cima, o segundo é a descendência de Jessé, o messias que virá da família de Jessé passando por David. O terceiro é o caminho que está debaixo, isto é, o espírito santo que nos mostra o caminho, e estes três são um”.

    Dificilmente um autor trinitário expressaria melhor.

    Amém

    Paulo Leitão De Gregorio

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“Clemente de Alexandria
"Só há uma Igreja antiga e é a Igreja Católica.
Das heresias, umas se chamam pelo nome dos homens que as fundaram: Valentino, Marcião, Basílides etc.;
outras, pelo lugar de onde vieram, como os peráticos; outras, do povo, como a heresia dos frígios; outras, de alguma operação, como os encratistas;
outras, de seus próprios ensinamentos, como os docetas, os hematistas" (Stromata 1,7,15)”

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